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1 Mês

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pois é, Brasil, falta 1 mês.

E ainda tem as embalagens de cupcake para definir, a prova de make e cabelo finais, as provas do vestido coma  super Gorete, os roteiros para impressão, fechar a lista do chá-de-panela, emagrecer (mais!), fazer o ensaio na igreja, fechar com o cara do som, definir o buquê, fechar as músicas da cerimônia... ufa!

Meu noivo está viajando,volta a 3 dias do casamento e essa última parte ficou por minha conta. Já podem imaginar como estou? 

Casar já tendo qualificado no doutorado, por exemplo, era uma meta. Não vou mais. Challenge  failed! Fugi do orientador que nem o diabo foge da cruz (Fábio que não leia isso, rs). Gente, era IMPOSSÍVEL considerando que estou trabalhando, organizando casamento, casa... tese é algo que não encaixava no meu dia. Só em setembro.

Além disso, sempre tem os detalhes de última hora. Ver o cabide do vestido, lembrar de não sair que nem uma louca levando toda a roupa e make para a nova casa (você ainda tem que se vestir e não sair que nem uma zumbi pela rua...), selecionar os livros que você ainda pode usar na sua antiga residência... 

Não acho que estou uma bridezilla. Tive um pico dessa fase assim que Thiago viajou (quando tive problemas com a Ponto Frio). Mas passou. Tomei meu Rivotril (muito metal, cachaça e silêncio). Estou um pouco ansiosa, levemente estressada, mas nada além disso. E isso até me espanta.

Gente, casar dá trabalho, mas é delicioso!

Outro dia estava falando com o Thiago e com algumas pessoas que já estou cansando de ser "noiva". Que não vejo a hora de isso tudo terminar. Porque cansa sabe? Meu foco agora é a minha casa. Estou me despedindo paulatinamente da noiva e assumindo a identidade de casada. Até me pego me referindo ao Thiago como "marido". Não, não é um papo machista, ou reforçador de gênero. É algo como uma transição.

E, estranhamente, comecei a ficar mais triste por isso. 

Por exemplo, fico triste por não passar tanto tempo na minha (atual) casa. No início do processo, eu queria era rua. Resolver coisas, carregar tudo que eu podia, numa sangria desatada por ganhar tempo e organizar meu novo ninho. Mas ao ver que as minhas coisas já estão acabando na casa dos meus pais e que, dentro em breve, esta não será mais a minha casa, começou a bater uma tristeza. Boa, mas uma tristeza. E ela veio mesclada com medo, com ansiedade... Porque ao mesmo tempo que eu tenho medo de mim como "Dona-de-Casa", de mim como "Senhora do meu tempo e decisões" e saiba que meu reinado de "quase" ausência de responsabilidades (leia-se contas, afazeres etc etc...) vai terminar... ao mesmo tempo eu quero muito me mudar. Tô na ansiedade de ter meu espaço, minhas coisas, minha louça, meu cachorro, meus problemas. 

Meu pai diz que eu tô "com um pé na porta e outro na calçada...". Já virei quase uma visita. Oi? Ainda moro aqui.

E, agora, eu me pego pensando em quantas estantes de ferro comprar (e em quais cores) para por meus livros. E me pego igualmente decidindo onde vou por as compras de mês e deixando de comprar três pares de melissa pra investir em móveis para a casa. Sinto raiva por não poder comprar o centro de mesa que tanto quero e felicidade quando esvazio mais uma caixa de coisas! E sinto raiva do vendedor fdp que me poem num site um rack retrô lindo como lançamento, mas que não é mais fabricado pela loja! Oi? Cuma?????

Já sinto o coração apertar quando penso que não terei mais meu pai me chamando em 5 em 5 minutos pras coisas mais banais ou minha mãe querendo me contar o capítulo daquela novela que eu já disse 9271647325676427 vezes que não vejo. E das conversas com a minha irmã, sempre com confissões, comentários indizíveis e chocantes. E dos meus cachorros.

Eu vou entrar num mundo louco onde tanta liberdade (ao menos por agora) me assusta. E ainda dizem que quando você volta pra sua antiga casa, já não sente mais como sua. Que louco! 

Mas mesmo com  medo, eu quero viver isso. Porque eu achei um homem tão bacana, um cara que vale tanto a pena tentar. Nossa relação passou por tanta coisa... E apesar de nossos erros juntos, a gente quer apostar num novo level. Quer subir de nível, tentar o hardcore.

Um mês. Nada mais.

Fica a dica! =)


1 comentários:

Unknown disse...

Go for it, girl!!
Você falando de "ser noiva cansa" e lembrei da faculdade. Tudo é tão maravilhoso mas aí, não mais que de repente, aquelas pessoas [novas], aquela rotina, aqueles corredores e até aquele bar parecem estranhos. Começamos num rpocesso de AARRGGH tenho que acabar isso!! E aí a gente vai e acaba - de maneira traumática ou não. Entra numa nova vida, sem bolsa FAPERJ, sem pés em cima do banco da frente, sem Itaipava. New life. Dá aquela saudadinha, mas... nada a ver mais né? Tinha que fechar o ciclo e entrar num novo. Esses processos são tão doidos...

Fico feliz que você esteja saindo do "noiva" pro "esposa". É importante aterrisar e sentir esse novo chão que vocês tão construindo pra pisar. Ser noiva bagunça muito as prioridades. Eu não tive essa fase de desapego, cê sabe. Acho que por isso passei o mês seguinte ao casamento (embora já tivesse sido esposa antes de casar!) meio sorumbática. Foi ruim demais!

Feliz pela senhora!
Vai desapegando, vai deixando o bebê nascer :)

Beijosssss
Prill

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